Especial: Foz do Iguaçu - A Terra das Cataratas!

Hoje se incia um novo especial "Foz do Iguaçu - A Terra das Cataratas"... Vou tentar colocar em poucas linhas, os momentos incrivéis que passei nesta terra, na fornteira do Brasil com a Argentina e o Paraguai, no extremo oeste do Paraná.

"O espanhol Álvar Nuñez Cabeza de Vaca, descobriu as quedas, em 1542, sendo guiado por índios Cainganges e teve o título de 'o descobridor'.

Em 1889, é fundada a Colônia Militar da Fronteira, que originou o ínicio da ocupação efetiva do lugar que viria a ser o municipio de Foz do Iguaçu.

Nos primeiros anos do século XX, a população de Foz do Iguaçu chegou a aproximadamente 2.000 pessoas e o vilarejo dispunha de uma hospedaria, quatro mercearias, um rústico quartel militar, mesa de rendas e estação telegráfica, engenhos de açúcar e cachaça e uma agricultura de subsistência.

 No dia 10 de julho de 1914, o primeiro prefeito, Jorge Schimmelpfeng, intala o municipio de Vila Iguaçu, que quatro anos depois, se denomina Foz do Iguaçu.

Em 1916, Alberto Santos Dumont, visita a vila e lá se encata com as Cataratas. A area onde estava as Cataratas, pertencia a um uruguaio chamado Jesus Val, que havia comprado por uma miséria, na época. Santos Dumont, achou aquilo uma audácia. Achava que toda aquela maravilha, tinha que ser um Patrimonio Público, então intercedeu junto ao Presidente do Estado do Paraná, para que aquela area fosse desapropriada. Em 1939, foi criado o Parque Nacional do Iguaçu.

O desenvolvimento de Foz, acelerou com a construção da Ponte Internacional da Amizade ( que liga o Brasil ao Paraguai) e com a inauguração da BR-277 (que liga Foz a Curitiba e ao Litoral), ambas as contruções na décade 60.

Na década de 70, é iniciada a construção da Hidrelétrica de Itaipú - Binacional, que causou fortes impactos na região. A População de Foz aumetou de 29 mil para 40 mil pessoas.

Foz é a cidade do turismo, seja ele ecólogico ou de compras. E justamente essa 'fama', deu a Foz uma mistura de influências termenda. Muçulmanos, Libaneses, Japoneses, Indianos entre outros."

Templo Budista

Buda - Templo Budista

Cataratas do Iguaçu - Lado Brasileiro

Garganta do Diabo - Cataratas do Iguaçu - Lado Brasileiro

Usina de Itaipú - Binacional

Vertedouro - Usina de Itaipú - Binacional

Rio Paraná - Marco das Três Fonteiras

Marco Brasileiro - Marco das Três Fronteiras

Foz, consegue juntar todas as etnias e todos os tipos de paisagens. Com a magnitude da Usina de Itaipú, o encantamento das Cataratas, a beleza dos animais, da Flora e a vida moderna. É uma cidade preparada pra receber quem queira visitá-la.

Visite Foz... essa eu recomendo!

199 Anos da Doce Princesa do Sul!

Hoje é um dia mais que especial para cada pelotense, em especial, aqueles que amam a nossa cidade. Hj dia 07/07/2011 Pelotas, está completando 199 anos. A História de Pelotas é cheia de requinte e mta tradição, que tentarei, rezumi-la em algumas linhas!

Data-se que em 1758, o Conde de Bobadela, o senhor Gomes Freire de Andrades, doou ao Coronel Thomáz Luiz Osório, as terras que ficavam entre as margens da Laguna dos Patos e um arroio, que mais tarde passou a se chamar, Arroio Pelotas.

Em 1763, os moradores da Vila de Rio Grande, se refugiaram nessas terras, fugindo da invasão espanhola, anos mais tarde, vieram os refugiados da Colônia do Sacramento, que havia sido entregue aos espanhóis, em 1777, após assindado o Tratado de Santo Idelfonso, que dava aos portugueses as Missões, em troca da Colônia do Sacramento.

Em 1780, o português radicado no Ceará, José Pinto Martins, chega a Pelotas, e funda às margens do futuro Arroio Pelotas, a primeira charqueada da provincia. Ele foi atraido, pela grande quantidade de matéria-prima, para a industria e também, pelo clima. Já que no Ceará, não deu certo, pela seca, que matava o gado e pela vento que colava a areia na carne, impossibilitando de ser vendida.

Essa primeira Charqueada, impulsionou a criação de muitas outras, dando o crescimento a região, dando origem à povoação que demarcaria o início da cidade. Com a famosa Indústria Saladeril, de vento em polpa, já que o charque era o principal alimento dos escravos, e vendido para os 4 cantos do mundo, o pequeno povoado, foi crescendo.

No dia 07 de julho de 1812, por influencia e iniciativa do padre Pedro Pereira Mesquita, foi elevada a categoria de freguesia, com o nome de Freguesia de São Francisco de Paula. No dia 07 de abril de 1832, foi elevada a categoria de Vila. Três anos depois, o próprio Presidente da Província, Antônio Rodrigues Fernandes Braga, outorgou os foros de cidade, com o nome de Pelotas, sujestão do Deputado Francisco Xavier Pereira.

O nome, tanto da cidade, quanto do arroio, teve origem das embarcações de varas de corticeiras forradas de couro, usadas para a travessia dos rios, na época das charqueadas, que tinha o nome de "Pelota", por se parecer com uma bola.

O Crescimento das Charqueadas, deu a Pelotas um status de cidade da Burguesia local. Chegou a ser considerada a Capital Econômica da Província. Nesta cidade, morou Barões, Baronesas, Condes, Condesas, Duques, Duquesas... O que deu a Pelotas, também o titulo de Princesa do Sul, por ter aqui, a elite da principal atividade economica da Província, na época. 

O modo de vida, dessa sociedade é tão bem vista, hoje pelos atuais moradores, no seus mais variados estilos arquitetônicos, nos prédios históricos, no seu Centro Histórico. Impulsionados com a riquesa, os charqueadores, construíram na zona urbana da cidade, palacetes, casarões, com muito requinte e beleza. É muito dificil se ver algum casarão, que não tenha tido em seus materiais de construção, algum item trazido diretamente da Europa, fazendo assim com que Pelotas tenha o Maior Patrimônio Arquitetônico Eclético do Brasil. Também era muito comum, as familias mandarem seus filhos estudarem na Europa, ou até mesmo na Corte, trazendo assim, costumes desses lugares.

Fotos de alguns Prédios:

 Hermann Rudolf Wendroth : Pelotas em 1851.

Escola de Agronomia Eliseu Maciel - Construção de 1881 à 1883 - Obra do Arquiteto e desenhista Dominique Pheau - Foi construida para abrigar a 1ª Escola de Agronomia do Brasil, e concedida a cidade de Pelotas, pelos filhos e pela esposa do Coronel Eliseu Maciel - Anos mais tarde passou a ser sede da Escola de Medicina Veterinária e Agronomia Prática!

Parque Museu da Baronesa - Construção em meados do Século XIX - O terreno foi comprado pelo Coronel Anibal Antunes Maciel, em 1863, para presentiar seu filho, Anibal Antunes Maciel, O futuro Barão dos Três Cerros, que estava prestes a se casar com a senhorita Amélia Hartley de Brito. Por ela ser uma pessoa muito querida por todos, a propriedade ficou conhecida como Solar da Baronesa. Hoje pertence a Prefeitura de Pelotas!

Charqueada Santa Rita - Construída em 1826, no estilo Colonial - Charqueada da Familia de Inácio Rodrigues Barcellos para ser sede da charqueada da familia e funcionou como tal até o fim do Ciclo do Chaque. Ela só recebeu esse nome, após o proprietário receber um azulejo, vindo de Aveiro em Potugal, com a imagem da Santa Rita de Cássia, que está presente até hoje na propriedade. Hoje ela conta com uma Pousada e ainda tem em seus limites o Museu do Charque.

Catedral São Francisco de Paula - Contrução da capela: em 1813; 1826 reeconstrução após ser atingida por um raio; e em meados do século XIX a contrução da fachada que é hoje e em 1933 foi ampliada com a ajuda da população. Com essa ampliação a Catedral passou a abrigar 1700 pessoas. Os vitrais da igreja foram presente das familias ilustres de Pelotas, na época.

Fonte das Nereidas - Foi implantada na praça, a fim de abastecer a cidade com água potável. A água era vendida para a população. A Fonte foi trazida da França, juntamente com outros três chafarizes: O Chafariz da Praça dos Enforcados, o Chafariz da Praça do Porto e um Chafariz que teria sido instalado em frete a Catedral São Francisco de Paula, só que desapareceu, todos eles teriam sido encomendados pela Companhia Hidráulica Pelotense.

Prefeitura Municipal de Pelotas - Construção de 1879 à 1881 - Projetado pelo arquiteto José Izella Merotte, para ser sede da Câmara Municipal de Pelotas. Foi palco de grandes acontecimentos na cidade, como: a abolição da escravatura em 1884, na cidade. Hojé é sede da Prefeitura!

Charqueada São João - Construção de 1810, em estilo Colonial - Foi construida para ser uma charqueada, de propriedade de Antônio Gonçalves Chaves. Suas peças, são todas interligadas. É a propriedade que caracteriza Pelotas, por ter sido palco da minissérie Global, "A Casa das Sete Mulheres". Conta a história da escravidão, e dos costumes da época.

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Casarão 02 - Construção em 1830, em estilo Colonial; em 1880 sofreu modificações; Casarão do Charqueador José Antônio Moreira, o Barão de Butuí. Do mirante o Charqueador havistava sua charqueada. O Teto em geso é um charme. Hoje é sede da Secretaria de Cultura - SECULT, de Pelotas!

Biblioteca Publica - Construção de 1879 à 1881 - Foi idealizada pelos senhores locais, com o objetivo de estimular o conhecimento a população. No seu interior ocorreu o baile, mais famoso da cidade, em que a Princesa Isabel e o Conde D'Eu se fizeram presente. Está aberta até hoje com a mesma finalidade.

Mercado Publico - Construção de 1847 - Foi construido para o comércio da zona urbana. Por volta de 1914, o mercado recebeu a torre, de Hamburgo, na Alemanha. A Torre inpirada na famosa, Torre Eifel, de Paris, na França. Hojé sofre uma reforma e está previsto para ser reinaugurado em 2014.

Teatro Sete de Abril - Construção 1831 - Mandado edificar por uma sociedade dramática particular (Sociedade Scênica), desejando que maior número de famílias pudessem apreciar seus trabalhos e encontrassem uma agradável distração. Recebeu três visitas imperiais: em 1846, o Imperador e a Imperatriz foram aclamados e a corte ceiou no salão do teatro durante o intervalo do primeiro e segundo atos, em 1865 o Imperador e a Princesa, foram aplaudidos e, em 1885, o Conde D'Eu e a Princesa Isabel compareceram a vários espetáculos. Até algum tempo, era considerado o Teatro Mais Antigo, em Atividade do Brasil. Hoje está fechado e sofrendo por uma reforma no telhado.

 Eu como Pelotense, Guia Local, moradora e amante da minha terra, quero dar a Pelotas, os parabéns!

Tenho orgulho da história, da forma que ela foi connstruida e das tradições que Pelotas tem. Tem muito orgulho de ter nascido aqui e de ser desse chão!

   
 
   

Museu Estância do Laranjal!

Depois de muito tempo... vamos continuar o especial "Pelotas ... Minha Amada Princesa do Sul!", falando do Museu Estância do Laranjal, um local bem familiar e que os visitantes se sentem em casa.

Em 1758, foi doada uma grande sesmaria á Thomaz Luis Osório, que ficava entre o Arroio Pelotas e a Laguna dos Patos. O coronel por sua vez não se mudou imediatamente, para suas terras, que já servia de um porto. A Araucária que até hoje está em pé, sinalizava aos viajantes que ali era ponto de paradeiro.

     Passado um tempo, após ter ganho a propriedade do Rei de Portugal, o coronel Thomaz Luis Osório, construiu uma casa e tratou de mandar a mulher e os filhos para morar nessa região, já que a fronteira (atual Jaguarão) estava muito perigosa. Após alguns conflitos, o coronel foge da Colônia do Sacramento, trazendo consigo uma imagem de Nossa Senhora dos Prazeres, em estilo barroco e um oratório, esculpido em madeira. Essas duas peças estão expostas até hoje, na capela da Estância.

Durante muitos conflitos, entre portugueses e espanhóis, por essas terras, o coronel defendeu as fronteiras dos inimigos da Coroa, em uma embosacada, o coronel, foi acusado de traição e condenado a morte perante o Rei em Portugal. Foi condenado e enforcado em terras portuguesas, por um “crime” que não cometeu.

      A esposa, certa da inocência do marido, tomou uma atitude muito corajosa, fechou a propriedade e inventariou para um casal, Manuel Bento da Rocha e dona Isabel. Com esse dinheiro, foi para Portugal, sozinha com o objetivo de impedir a morte do marido. Ao chegar em Portugal, descobriu que já era viúva. Mesmo assim, não se deu por vencida, contratou um advogado e provou a inocência do marido. Voltando para o Brasil, a jovem viúva, resolveu vender, de papel passado, a propriedade para o casal.

      Seu Manuel e dona Isabel, viveram muitos anos nas terras, mas não tiveram filhos, ao falecerem deixaram a propriedade a duas sobrinhas-netas: Maria Augusta da Fontoura e Isabel da Fontoura. Maria Augusta, se casou com um Assumpção.

      Dr Antônio Augusto Assumpção Junior nasceu em 1898. Cresceu na propriedade do pai, sobre os olhos atentos e promissor de seus pais. Era acostumado a ver, as pessoas atravessarem o Arroio Pelotas, em uma balsa, apelidada de Ferro de engomar, para visitá-los e aproveitar as águas da Laguna dos Patos. Geralmente essas pessoas eram amigas intimas da Família Assumpção e recebiam um cartão para entrarem na propriedade.

     Visionário e com um coração grande demais, lecionou durante 9 anos, sem receber, para a Faculdade de Direito de Pelotas, para que ela não fechasse por falta de capital. Seu grande sonho, era fazer com que a população da cidade, desfrutasse da beleza da Praia do Laranjal. Era conhecido por ser um homem simpático, generoso e preocupado com os menos favorecidos. Era muito comum, chegar nas terras da estância, aos fins de semanas do verão, e ver barracas e muita gente acampada. Então teve a idéia de lotear sua terra.

      Por essa vontade, foi muitas vezes chamado de louco. Mesmo assim, começou a vender lotes e fundou a Vila Residencial Balneária Santo Antônio.

     O Museu Estância do Laranjal, mostra com muita hospitalidade, o modo de viver de uma das famílias, mais tradicionais de Pelotas. Em seu acervo, tem moveis europeus, quadros das personalidades da família, louças inglesas, cachinha de musica da época da Revolução Farroupilha e um fogão a lenha, com o brasão do Império, que funciona até hoje. Inclusive, comemos um delicioso arroz de leite, feito com o ferro em brasa, nesse fogão. Alem de apetrechos de montarias, de jardinagens e carruagens. Local que vive a história dos famosos AAA.